Fim do dia 5 de
maio e só tenho uma coisa a dizer: Muito Obrigado! Agradeço à todos que tiveram
a força, a determinação de perder aula, ficar até tarde fazendo projetos,
fazendo inscrições, conversando com pacientes e entre muitas outras tarefas.
Esta união estudantil entre UFPI, FACID, AESPI e CET mostrou o quanto nossa
profissão pode crescer e mostrar nossa cara, nosso verdadeiro papel para a
sociedade.
No entanto essa
união vem da academia, vem de dentro das salas de aulas e centros acadêmicos.
Nossa luta vai além da Campanha 5 de maio. Esta luta surge por melhorias na
qualidade física, docente e ideológica de um curso. Lutar por uma mudança
radical em grades curriculares que atentem realmente para a realidade em nosso
estado, para a realidade que a população piauiense realmente necessita. Lutas
por pesquisas e extensões que atentem aos anseios sociais e aos problemas cujo
nossos conhecimentos quanto profissionais da saúde podem resolver. Pesquisas
estas que englobem a massa estudantil e que não sejam privilégio de poucos.
Temos que lutar por núcleos de tecnologias que sirvam para os estudantes
(graduação) e que funcionem como devem funcionar. Se não pode produzir
medicamentos, tudo bem, sei o quanto seria difícil normalizarem estes núcleos
segundo as normas da ANVISA, mas desejo que pelo menos sirvam para ensinar os
estudantes diretamente na área da industria. Desejo que parem de ser biotérios
irregulares e pós-graduações parasitárias de graduações. Lutemos por
laboratórios de controle de qualidade que realmente funcionem e realmente
sirvam como utilidade pública. Nossas análises clínicas sinceramente não
existem, vamos lutar e corrigir tal erro que habita nesta importante área de
atuação farmacêutica. Todas estas batalhas mudarão o perfil de NÓS futuros
profissionais, assim como foi durante a luta por reforma curricular nos seminários
nacionais de reforma curricular na década de noventa, em que os estudantes
foram peças fundamentais na avaliação e transformação do currículo de
habilitações que culminou no generalista. Desta forma seremos muito mais
capacitados e seremos reconhecidos da maneira que realmente merecemos.
Estudantes
unidos jamais serão vencidos. Como disse um grande professor da UFPI:
“aproveitem enquanto vocês são pedras, pois quando saem da universidade vocês
viram vidraças”. Somos as pedras que buscam mudanças. Pedras que tem o poder de
lutar sem ser ferido. Somos as pedras que batem nos erros e tem a força da
mudança. Temos que acabar com a repulsa do movimento estudantil e dos centros
acadêmicos. Estes são os lugares onde surgem debates, surgem perguntas, surgem
visões diferentes e desta forma surgem às críticas. As criticas são a filosofia
que movem o mundo. Afinal não são as perguntas que movem o mundo? Temos que
unir filosofia, movimento estudantil e técnica acadêmica pois estes são os
pilares da mudança. Não adianta apenas assistir aulas, fazer cursos e fazer ICs
e extensões se continuamos no comodismo do TUDO ESTÁ BEM. Vamos parar de
admirar os outros lugares e achar que lá é lindo. Se eles podem referencia nós
também podemos ter um curso referência. Já chega de aceitarmos verdades
absoultas impostas por “goela abaixo”. Antes de tudo pensemos, vamos ser
pensadores. Vamos ser a mudança.
Viva o sucesso
da Campanha pelo uso racional de medicamento. Só não podemos deixar esta ser
nosso único palco de lutas.
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