sábado, 26 de maio de 2012

Pensar é viver!

   Nada melhor do que sentir dor pra te fazer pensar! Cada pontada  te faz refletir e a partir disto muitos erros aparecem e o pensar se torna mudança. Mudar é evoluir, crescer e com o decorrer das porradas da vida é sinal que o amadurecer está chegando. Amadurecer não é fácil e em 90% das situações humanas não há amadurecimento. Ele nunca vem. Amadurecer não é apenas se achar mais intelectual, mais bonito, mais vivido, mais rico (seja qual riqueza for) ser maduro é ser tudo isso e ser feliz. É conseguir ver o erro e saber corrigir, não ter medo de opiniões, mas fazer com que tais opiniões te respeitem e te admirarem.

   Os erros doem e fazem você se sentir inútil, mas eles são aquele despertar para você sair do estagnável. "Muda que o mundo muda com a mudança da gente..." já dizia a música, "Vinde a mim as Criancinhas..." já dizia a blíblia, livro mais lido da humanidade, e o que isso tem haver? Tudo. Cada geração que surge é uma esperança, mas não podemos achar que a educação está servindo por que ela não está. No fundamental somos alfabetizados, aprendemos a contar, ou seja o básico. No ensino médio somos máquinas de supermercado, enquanto a máquina decora preços nós decoramos textos, paragráfos e não aprendemos a interpretar NADA da sociedade, apenas somos "BOTA A VITROLA PRA TOCAR...". No ensino superior somos técnicos decoramos, passamos, nos formamos, entendemos pouco, agora vamos para o mercado de trabalho, ganhar dinheiro. E depois vai só piorando, as pós-graduação, conhecimento restrito. Pensar... o pensar morreu. O método de nosso ensino ainda é muto falho, muitos professores ainda não trabalham o raciocínio do aluno, as provas são marca-texto de livros e o pior não há interdiciplinaridade, não há contexto social, não há pontos de interrogação...!

   Não sou pedagogo, não sou psicologo, muito menos filósofo, mas sou um cidadão preocupado com a mediocridade do mundo que vivo e que meus filhos viverão. Talvez mesmo com uma educação que seja ideal aos meus olhos, amadurecimentos não virão. Não adianta ter a faca e o queijo se não se tem os dentes. Não adianta gritar se todos os outros são surdos e cegos. Tem que apanhar na vida. O suor febril enxagua cada detalhe de infantilidade e falta de eloquência. Talvez o caro leitor pense... Esse cara é um louco, um revoltado, um beberrão, um falastrão ou pior talvez ache que eu queira ser o maioral por ser tão jovem e estar falando de amadurecimento. Acho que é realmente a hora de acordar, pois nunca é cedo pra falar em crescimento e nunca é tarde pra perceber as tolices da vida. Crescer é viver!

   Ferir a quem se ama é a maior das dores, faz qualquer um pensar e quem já é acostumado a pensar passa a sofrer metamorfoses. Se você ama alguém, sua mente trabalha constantemente... As pessoas que querem seu bem te fazem pensar, saiba como unir seu eu com o amor deles. Amigos não sou o maioral, nem rebelde, sou apenas mais um ser humano. As desculpas as vezes não vem, os erros nunca são vistos, mas a virtude de pedir desculpas é algo louvável, e se um dia machuquei alguém mesmo que não tenha sido minha intenção, peço desculpas. Quero que o mundo se transforme em algo melhor e pedir desculpas mesmo que não esteja certo pode ser uma evolução. Um dia a reflexão vem e outra pessoa muda em algo e cresce. 

   Se saí do CAFAR, da Chapa01 não é por que desisti dos meus sonhos, das minhas lutas, das minhas falas... Isso só é mais um passo que estou dando para minha tranformação enquanto ser. Talvez seja melhor para ambos a minha saída. Não deixarei de ler, estudar, debater por causa disso. Serei apenas livre de instituições. Sempre prezo a liberdade, não é a toa que sou bastante fã das teorias anarquistas. Mas o ser humano não é 100% livre. Ele tem muitas outras coisas que o prendem, sejam positivas ou negativas, vai depender de cada um entender o lado de suas grades. A liberdade de expressão que tanto prego é um pedaço da liberdade e ser livre é ser feliz. Saí do CAFAR e da Chapa01 por causa da burocracia e das personificações em relação à instituições. Odeio burocracia, odeio prosopopéias. Prefiro ajudar de fora quando realmente precisarem de mim. Quando meu apoio for útil e não nocivo. Estarei apoiando-os fiz muitos amigos dentro de ambos e serei sim um pilar de força pra vocês, não abandono um amigo. Comparecerei nas reuniões quando puder, não sou "pelego" para baterem o pé e seu fugir.

   Decepções sinto a todo momento, cada frase julgada, cada frase rebatida, cada opressão, até rejeição... A luta invísivel diária as vezes deixa o lutador exausto, a falta de apoio as vezes amolece a alma, no entato apenas o ajuda a amadurecer. Obrigado meus amigos e familiarem que sempre me levantam e me aconselham. Espero que um dia entendam minhas idéias, nem que dure muito tempo. Espero que um dia haja as transformações que sempre planto e sempre plantarei. Espero que leiam meus textos e entendam, ou que pelo menos pensem. A luta não morre aqui, seja qual luta for, sua luta eterna...

sábado, 5 de maio de 2012

Parabéns, 5 de maio!


Fim do dia 5 de maio e só tenho uma coisa a dizer: Muito Obrigado! Agradeço à todos que tiveram a força, a determinação de perder aula, ficar até tarde fazendo projetos, fazendo inscrições, conversando com pacientes e entre muitas outras tarefas. Esta união estudantil entre UFPI, FACID, AESPI e CET mostrou o quanto nossa profissão pode crescer e mostrar nossa cara, nosso verdadeiro papel para a sociedade.

No entanto essa união vem da academia, vem de dentro das salas de aulas e centros acadêmicos. Nossa luta vai além da Campanha 5 de maio. Esta luta surge por melhorias na qualidade física, docente e ideológica de um curso. Lutar por uma mudança radical em grades curriculares que atentem realmente para a realidade em nosso estado, para a realidade que a população piauiense realmente necessita. Lutas por pesquisas e extensões que atentem aos anseios sociais e aos problemas cujo nossos conhecimentos quanto profissionais da saúde podem resolver. Pesquisas estas que englobem a massa estudantil e que não sejam privilégio de poucos. Temos que lutar por núcleos de tecnologias que sirvam para os estudantes (graduação) e que funcionem como devem funcionar. Se não pode produzir medicamentos, tudo bem, sei o quanto seria difícil normalizarem estes núcleos segundo as normas da ANVISA, mas desejo que pelo menos sirvam para ensinar os estudantes diretamente na área da industria. Desejo que parem de ser biotérios irregulares e pós-graduações parasitárias de graduações. Lutemos por laboratórios de controle de qualidade que realmente funcionem e realmente sirvam como utilidade pública. Nossas análises clínicas sinceramente não existem, vamos lutar e corrigir tal erro que habita nesta importante área de atuação farmacêutica. Todas estas batalhas mudarão o perfil de NÓS futuros profissionais, assim como foi durante a luta por reforma curricular nos seminários nacionais de reforma curricular na década de noventa, em que os estudantes foram peças fundamentais na avaliação e transformação do currículo de habilitações que culminou no generalista. Desta forma seremos muito mais capacitados e seremos reconhecidos da maneira que realmente merecemos.

Estudantes unidos jamais serão vencidos. Como disse um grande professor da UFPI: “aproveitem enquanto vocês são pedras, pois quando saem da universidade vocês viram vidraças”. Somos as pedras que buscam mudanças. Pedras que tem o poder de lutar sem ser ferido. Somos as pedras que batem nos erros e tem a força da mudança. Temos que acabar com a repulsa do movimento estudantil e dos centros acadêmicos. Estes são os lugares onde surgem debates, surgem perguntas, surgem visões diferentes e desta forma surgem às críticas. As criticas são a filosofia que movem o mundo. Afinal não são as perguntas que movem o mundo? Temos que unir filosofia, movimento estudantil e técnica acadêmica pois estes são os pilares da mudança. Não adianta apenas assistir aulas, fazer cursos e fazer ICs e extensões se continuamos no comodismo do TUDO ESTÁ BEM. Vamos parar de admirar os outros lugares e achar que lá é lindo. Se eles podem referencia nós também podemos ter um curso referência. Já chega de aceitarmos verdades absoultas impostas por “goela abaixo”. Antes de tudo pensemos, vamos ser pensadores. Vamos ser a mudança.

Viva o sucesso da Campanha pelo uso racional de medicamento. Só não podemos deixar esta ser nosso único palco de lutas.