Borboleta

Doce vida que flameja ao bater de asas

pousa suave e embreaga a razão

Sua meiguice chega a encantar

escondendo tanta solidão e egoismo

Por que tanto egoismo? Tu não amas o doce da vida?

Por que tanto egoismo? A felicidade não mata... ou maltrata?

voar solitária por estes campos floridos não ameniza a dor

A felicidade está no néctar da sua emoção

Abandonar a paz das pétalas em busca de alívio individual sofrerendo sozinha não é remédio...

É apenas loucura!!

Até sofrer é um bem comum, 

sofrer só... É auto-tortura!!

Chorar.. mas borboletas não choraram!

Borboletas embelezam o triste céu e a sofrida terra sem derramar uma lágrima sequer...

E por que você chora doce borboleta?

Chora e vai embora, evapora e se dispersa neste campo de rosas venenosas!

E a beleza do ar?? Diluiu-se ao nada...

Em meus versos vazios o unico sentido: O chorar sem lágrimas!

Você voa nobre ser e some...

Seu único rastro são as rosas sem néctar

E o perfume de que a natureza não muda

ela apenas ri do que faz e apenas sem motivo voa em um bater de asas...

A renuncia

Eu Miguel Eusébio Pereira Coutinho Júnior estou renunciando ao cargo de Coordenador Geral do Centro Acadêmico Dr. Raul Bacelar, devido ao ciclo vicioso das nossas lutas. Não conseguiremos nunca melhorar nada como deve ser melhorado, como a sociedade precisa, sendo  tão inconcientes da realidade que nós vivemos, ou pelo menos conformados com tal. Não nasci para fugir do foco de lutas, afinal o foco somos nós que traçamos. E o melhor o foco é o que estão precisando de nós.

Cansei de ter só pra mim muitos conhecimentos sobre saúde, educação, politica e tantos outros temas e não poder compartilha-los devido a um simples falta de interesse. Maldita burocracia, ela te trava e faz com que sejas apenas mais um e sempre te cala. Maldita falta de debates aprofundados, esta falta nos torna pequenos andróides. Não iremos evoluir nunca sem espaços de convivência e conversas além da porta. Minha saída é mais uma libertação da grade insignificante da sensatez.

Pessoal estarei aqui para debates. De fora minhas idéias serão melhor ouvidas, eu espero que sejam. Espero que cheguem pra mim e eu ouça vamos tirar suas idéias da cachola e vamos construí-las ainda mais. Espero que um dia acabe esta prosopopéia em relação à opiniões. Agora sou Miguel Coutinho não sou mais CAFAR. E espero um dia ver pessoas que entendam minha atual situação e tomem um choque de realidade e possamos assim mudar as linhas que nosso mundinho está tomando.

Obrigado aos meus amigos que fiz depois que me tornei membro, a todos aqueles que estavam lá comigo. De certa forma minha vida pessoal foi bem atingida com um peso solitário e deixar um pouco isto que já tinha virado obrigação e não mais prazer, faça bem pra mim e para o movimento. E que fique bem claro estou na luta, só não com meu nome protocolado. Nossa profissão precisa de guerreiros e não apenas de nomes.

Soneto da Mente

A cada grito de impaciência minha alma chora,

não sei o por que dos conflitos humanos, muito menos onde a felicidade mora

Vejo minha paz em guerra e minha linha está embaraçada

minha voz está baixa e minha alegria forçada!

Sem sentido caminho nos ares poluídos do destino

nebuloso e turvo dou um suspiro de desatino

Perguntas sempre me rodeiam

mas desta vez mais brutas em meu corpo permeiam

Respostas não sei se existem ou se existirão

dor que nunca some apenas se distrai e retorna em questão de minuto

Desta maneira meu sorriso parece um concreto que ao calar da madrugada sempre some com toque de insulto

Os versos não saem como eu coração quer

apenas se afugenta num grito de solidão

do mais profundo sentimento de fortaleza que meus olhos já presenciaram e que torcem para que um dia voltem a ser como a felicidade quer.